Entrou em vigor a mudança no crédito imobiliário anunciada pela Caixa Econômica Federal (CEF) no mês passado. Os novos valores da modalidade atrelada à poupança passam de 3,35% para 2,95% ao ano, somados à remuneração da poupança. Isso representa uma queda de 0,4 ponto percentual nesta taxa de financiamento imobiliário.
O novo prazo de pagamento oferecido pelo banco é de 35 anos. Além disso, existe opção de carência de seis meses para o começo da parcela de juros e amortização. A expectativa é que o efeito seja imediato. Um milhão de pessoas devem entrar no mercado imobiliário brasileiro.
A redução oferecida pela CEF nos juros do financiamento imobiliário vai na contramão dos bancos privados, que subiram recentemente suas taxas. O aumento é causado, principalmente, pela elevação da Selic.
A taxa básica da economia teve cinco elevações consecutivas neste ano e alcançou o patamar de 6,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou que outro incremento de 1 ponto percentual deve acontecer no fim de outubro. A expectativa dos especialistas é que 2021 feche em 8,25% ao ano.
Além da redução da taxa de juros do financiamento imobiliário atrelado à poupança da Caixa, outras mudanças anunciadas recentemente facilitam a aquisição de imóveis para determinados perfis de compradores. Uma delas seria o lançamento do Programa Habite Seguro.
Contudo, o projeto não foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Sua promessa era oferecer taxas de juros menores e condições diferenciadas de crédito para integrantes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).
As novas regras de financiamento imobiliário do Casa Verde e Amarela foram aprovadas por unanimidade na metade de setembro. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) acatou três propostas apresentadas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) a serem efetivadas a partir de 2022:
1 – Elevação dos limites dos valores dos imóveis financiados com recursos do FGTS;
2 – Fim da diferenciação dos juros para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil;
3 – Alteração do cálculo do subsídio disponibilizado às famílias de baixa renda.
Os valores máximos dos imóveis aptos a serem financiados também sofreram reajustes. O aumento será de 15% em cidades com população entre 50 mil e 100 mil habitantes e 10% para as demais. Desta maneira, os valores máximos na Região Sul passam a ser os seguintes:
– Municípios com população entre 20 mil e 50 mil: de R$ 140 mil para R$ 154 mil
– Municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes: de R$ 140 mil para R$ 161 mil
– Em capitais e regiões metropolitanas definidas pelo IBGE: de R$ 215 mil para R$ 236,5 mil
– Nas demais capitais e municípios com população maior ou igual a 250 mil habitantes: de R$ 190 mil para R$ 209 mil
A estimativa do MDR é que o orçamento federal para o financiamento de habitação popular será ampliado anualmente. Em 2020, ele foi de R$ 54,5 bilhões. Neste ano, é de R$ 56,2 bilhões. A previsão para 2022 chega a R$ 61 bilhões, subindo para R$ 64 bilhões no ano seguinte e R$ 67 bilhões em 2024.
Em agosto deste ano, a Caixa bateu seu recorde mensal de contratação de financiamento imobiliário. Foram mais de R$ 14 bilhões em novos contratos de financiamento, o maior valor contratado em um único mês da história da instituição. A expectativa do banco é superar esses números e chegar a R$ 140 bilhões este ano, devido à redução dos juros.
Em 2020, foram R$ 116 bilhões em contratos de financiamento habitacional. No ano anterior, cerca de R$ 80 bilhões. Atualmente, a carteira de crédito do banco soma R$ 528,9 bilhões. Este montante representa 67,3% de todo o financiamento imobiliário realizado no país.
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